Como zombies caminham as massas
Se saber que são controladas
Por entre mascaras e fachadas
Separados por credos e raças
Fio de nylon em mãos bem lavadas
A criança não quer aprender
O adulto não que saber
E o adolescente
Esse nem gente sabe ser
Sem vontade própria ou morfismo
Nem sequer têm opinião
Escravos do imperialismo
Podem ser tudo, humano não são
Já nem a arte ou a cultura
Fogem da maquina infernal
De poucos ainda perdura
A vontade cega e segura
De ser Homem e não animal
Começa a olhos vistos
Sobre as luzes e as câmaras
A metamorfose dos vivos
Em mortos sem almas
Que caminham, sorriem e trabalham
Fazendo dinheiro, não para eles
Mas para quem deles o ganham
O que tem valor, nada vale
O que nada vale é incalculável
O bem se transforma em mal
O respeito pelo paranormal
Torna a sociedade insecável
Somos poucos quais nenhuns
As massas anónimas
Se juntam a mais alguns
Lutadores, Homens livres, artistas
Pensadores, filósofos platónicos
Sem credo nem fé, realistas
A sociedade que vos prende libertou
Quem do novo amanhecer regressou