terça-feira, 24 de abril de 2012

Poema da minha obra : O Novo Amanhacer


Como zombies caminham as massas 
Se saber que são controladas
Por entre mascaras e fachadas
Separados por credos e raças
Fio de nylon em mãos bem lavadas

A criança não quer aprender
O adulto não que saber
E o adolescente
Esse nem gente sabe ser 

Sem vontade própria ou morfismo
Nem sequer têm opinião
Escravos do imperialismo
Podem ser tudo, humano não são

Já nem a arte ou a cultura
Fogem da maquina infernal
De poucos ainda perdura
A vontade cega e segura
De ser Homem e não animal

Começa a olhos vistos
Sobre as luzes e as câmaras
A metamorfose dos vivos
Em mortos sem almas
Que caminham, sorriem e trabalham 
Fazendo dinheiro, não para eles
Mas para quem deles o ganham

O que tem valor, nada vale
 O que nada vale é incalculável
O bem se transforma em mal
O respeito pelo paranormal 
Torna a sociedade insecável

Somos poucos quais nenhuns 
As massas anónimas 
Se juntam a mais alguns
Lutadores, Homens livres, artistas
Pensadores, filósofos platónicos
Sem credo nem fé, realistas

A sociedade que vos prende libertou
Quem do novo amanhecer regressou

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