domingo, 21 de junho de 2009
Poema da minha obra : Os Teus Sonetos de Amor
Doutorado honoris causa
Em sentimento dorido
Alma que pede pausa
Negro pensamento embebido
Crisântemos, flores primaveris
Envolvido nos teus lábios
Comboio sem carris
Conhecimentos sem sábios
Apaixonado, mas proibido
Carente satisfeito
Na vida sem sentido
Coração pára no peito
Morte imbuída de solidão
Pelo um crime sem perdão
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terça-feira, 16 de junho de 2009
Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só
Preso a ti ab aeterno
Correntes de ferro em chamas
Toque de carinho terno
No rosto de quem amas
De tanto te querer, anjo
Afastar-te é o que arranjo
Tens numa mão o universo
Na outra a minha alma
No olhar um toque perverso
Nos lábios o que não expresso
No sorriso a minha calma
Sabedoria cai aos teus pés
Como caem também amantes
Barcos no canal do Suez
Aguas com os meus semblantes
Flores com a tua fragrância
Ao meu túmulo da importância
A tua pele é lua é firmamento
Não és perfeita, és superior
Fruto do sagrado sacramento
Reino sem regimento
Poema de um poeta sem valor
Retratar-te é sofrer
Por mais que escreva não consigo
Relembrar-te é viver
A vontade de estar contigo
Um dia dormirei a tua porta
Até que a minha alma esteja morta
Não estaremos juntos nesta vida
Muito por mea culpa
A tua felicidade contrapartida
A minha destruída
Pena minha absoluta
Perdoa-me por continuar a escrita
As palavras profanas que te dedico
De forma pouco erudita
Que de joelhos te recito
Ventre que carregará o fruto
Não o meu, mas sim de outro
No teu oceano sou gota de água
Insignificante pingo de chuva
Tristeza em cima de mágoa
Fogo, quente frágua
Escondo a mão com a minha luva
Como sempre escondi tudo
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Poema da minha obra : Os Teus Sonetos de Amor
Longo, lindo sorriso
Guerras que foram lutadas
Beijo, sinónimo de paraíso
Esperanças maltratadas
Singular o teu corpo
Plural aquilo que sinto
Meio vivo, meio morto
Verdade que não minto
Momentos, melodias
Toques ou simples olhares
Doces simples iguarias
Oitavo dos sete mares
Igual? Não, és diferente
Amor sem nada de inocente
3
Poema da minha obra : O Novo Amanhacer
Das profundezas guerreiro
Sem família sem amigos sem ninguém
Tiro da pistola certeiro
Sem pai nem mãe
Castigado pela maldade pura
Luz da lua, sol de pouca dura
Embriagado, álcool saliva e sangue
Raiva, ódio e desespero
Medo!
Soldado, General do meu exército
Escritor, maldoso humano
Malabarista do léxico
Sagrado? Não sou profano
A deusa das deusas apunhalou me no peito
Á sua maldade fui sujeito
Não caminho, rastejo
Compro as suas vontades
Todo e qualquer desejo
Sou escravo, sou rude
Afugento toda a gente
Força de grande magnitude
Maldade que dura sempre
Coração roxo, ferida do punhal
Sangre negro, sobrenatural
No Elísio vivi pouco tempo
Pelos fogos do inferno chamado
Nos braços de Hades acorrentado
Apunhalado, atirado a minha sorte
Despido, sozinho, triste
Fugindo dos males da morte
Numa existência que não existe
Tentando fazer algo sem maldade
Mas não ter essa capacidade
Inóspitas vidas nos meus olhos despedaçadas
Não por vontade minha
Mas por mim tiradas
Sou um instrumento da vontade dela
Das deusas a mais bela
Sou teu !
terça-feira, 9 de junho de 2009
Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só
Quando o teu sorriso foi revelado
O teu olhar se revelou
Quando mistério foi desvendado
Por paixão sacrificado
O mundo então parou
Ficando assim abismado, tremeu
O chão a minha volta
O céu também cedeu
Descobri quem era eu
Num segundo se foi a revolta
Recomecei onde paraste
Recomeçaste onde parei
Fiquei onde quiseste
Fiz o que me mandaste
E sonhei, divaguei
E por amor das cinzas renascido
Qual Fénix da mitologia
Amor outrora esquecido
Guardado mas nunca perdido
Atrás do sol do novo dia
Os meus cinco sentidos certos
Em dez foram transformados
Os meus olhos nos teus discretos
Os teus lábios nos meus quietos
Nos nossos momentos sagrados
E foi assim que me cativaste
Prendeste me na tua teia
Um novo sentido ensinaste
Na alma a marca deixaste
Palavras neste poema, para quem leia
domingo, 7 de junho de 2009
Poema da minha obra : Os Teus Sonetos de Amor
Calor que mais parece frio
Aquece e gela da mesma maneira
Uma estrela, um calafrio
Amor sem eira nem beira
Caminho sem calçada
Beco sem saída
Viagem no tempo parada
Guerra sem investida
Vontade de ser teu
A ultima coisa que quero
Paginas da revista Orpheu
Cultura que tanto espero
Horas, momentos, contrariedades
Mentiras, querendo ser verdades
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quarta-feira, 3 de junho de 2009
Poema da minha obra : O Novo Amanhacer
Dá-me um uísque
Num copo de gelo
Alguém que me belisque
Fio de novelo
No fim, apenas lã
Corpo são em mente sã
Sou apelidado de bêbado
Gosto apenas da bebida
Aquela mais querida
Ninguém tem nada com o que faço
Não obrigo ninguém a seguir
Desenho com o meu próprio traço
Nunca me vês a sorrir
Se bebo, é da minha ideia
Vivi a minha maneira
Absinto faz-me sentir gente
Teor forte de alcoolemia
Vida minha boémia
Vivam de maneira saudável
Que a minha está bem regada
Nunca quis ser amável
Minha divida está sarada
Sou o que sou, alcoólico
Triste, caído, melancólico
Cura? Prefiro a morte
Não estou doente
Doente está essa gente
Se me vires caído
Saberás que foi pelo licor
Sangue, na alma ferido
Bebido de tanto amor
Carente de palavras
Vivendo num conto de fadas
Tépido, o que sobrou
Olhar de quem tanto bebeu
De quem tanto amou
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só
Cansado do sonho e do pesadelo
Agreste como o meu coração
Rasgado o ideal modelo
Latente, carente paixão
A bela sem senão
É verdade, sou cobarde
Sinto-me um entrave
“Alma minha gentil, que te partiste”
Mesmo quando não queria
Um dia vinha após o outro
Lendo os pensamentos sabia
Há na alma ideologia
Está morta a pouco e pouco
Respira, suspira suavemente
De ti ficaram as lembranças
Amarradas nessas lanças
Monótona realidade nefasta
Incrivelmente perdida
Nas malhas do destino fundida
Havia uma alegre festa
Ao longe eu sorria
Virtude sem atitude
Incólumes passam os pecadores
Do pecado original, rude
A Carla é dos sonhadores
Gostava de saber sonhar
Poema da minha obra : Os Teus Sonetos de Amor
Poema da minha obra : O Novo Amanhacer
A minha felicidade não é mais minha
Está repartida pelas massas
Sou feliz ao ver felicidade sozinha
Pois estou seco como uvas passas
Ainda não morri pois não há piedade
Da alegria sobrou a saudade
Tentar que a alegria se espalhe
Mas que essa alegria nunca me apanhe
Só, mas sólido como granito
Que cobre o chão da minha invicta
Sem opiniões, mas sempre convicto
Politicamente correcto sem política
Certo? Errado? Tanto Faz!
Água? Para mim só aguaras
Flores para todos vocês
Manto de espinhos a meus pés
Sejam alegres como eu sou triste
Nunca desejei tão intensamente
A minha felicidade só existe
Nos braços de outra gente
É o meu propósito, minha ciência
Cair no fundo, na decadência
Confesso-te, de vós tenho inveja
Felicidade que nunca sobeja
Para mim …
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