domingo, 26 de abril de 2009
Poema da minha obra : O Novo Amanhacer
Febre de revolta
De vontade e de viver
Vermelho que solta
O meu verdadeiro poder
De levar onde sopram os ventos
Do humanismo, os conhecimentos
Léguas, milhas e quilómetros
Distancia real percorrida
Pressão que arrebenta barómetros
Por entre as curvas da vida
Faminto de filosofias
Dias e noites, noites e dias
Ser homem e sobretudo ser gente
Ser vivo, é viver intensamente
Não desisto, acredito
O sol brilhará para todos nós
No meu próximo a luta, incito
Contra o controlo atroz
Somos um só povo
Estilhaços do mundo novo
Empenho palavras de vitória
Estou aqui para isso
O mundo levar á glória
Mente cheia, bolso liso
Esperem por mim na rua
Não na minha mas sim na tua
Trago a luz contra a escuridão
Trago a revolta contra a opressão
Poema da minha obra : Os Teus Sonetos de Amor
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só
O sol de Fevereiro é doentio
Temos um mês soalheiro
Que deveria de ser sombrio
Algo alegra o céu
Que não me alegra a mim deveras
Alguém sorri e não sou eu
Alguém ama o que é meu
A minha vida é feita de esperas
Esperar que chova no verão
E que faça sol no inverno
Sinto frio, na expressão
Sinto calor interno
Estou trocado, confuso
Meu mundo gira em parafuso
Sinto inveja de quem é feliz
Mesmo não sendo eu triste
Quero, é sempre mais e mais
Esta insatisfação existe
É a força motriz
É do mar os sais
É do universo a gravidade
É de minha, a necessidade
Fico alegre se sorris
Fico triste se choras
Imploro quando imploras
Fazes do meu inverno soalheiro
Doentio, como o sol de Fevereiro
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só
As flores e as árvores alegres
Que teus cabelos transportava
Alimentos quase efémeros
Sumo que teu corpo espremes
Nos teus lábios sublimava
E sonhava, sim sonhava
Com mais e mais vitórias
Amava e sim amava
Ao teu lado me imaginava
A ganhar todas as glórias
Tinha o paraíso
Nas minhas próprias mãos
Tinha o que era preciso
Forte, certo, conciso
Alimento para o coração
Na volta, a mística espada
De um novo proclamado Deus
A serpente da árvore sagrada
Na minha mão apertada
Chegada a hora do adeus
E á diferença de Adão e Eva
Perdi tudo completamente
O frio que o norte carrega
A dor que a solidão leva
Sozinho para sempre
Paraíso que se transforma
Numa metamorfose infernal
E perdia a minha forma
Olhei, voltando a norma
Da forma mais normal
Perdi a batalha
Perdendo a guerra de seguida
No meu peito a muralha
Na triste e leda calha
Da batalha sangrenta perdida
Perdi, perdi, perdi
Poema da minha obra : O Novo Amanhacer
Fujo da verdade
Evidente cega e dura
Finjo felicidade
Procuro na eventualidade
Sentimentos de água pura
Olho, horizontalmente
Para a imensidão aquática
Sinto uma fixação fanática
Olho para toda a gente
Olho fixamente
E vejo o invisível
Sinto o nada
Sinto o que é plausível
Sinto a mão magoada
E a alma essa é vaga
Perdida naquela água
Fujo, para o meu mundo
Onde não há alegria nem tristeza
Fujo e tenho a certeza
Mas porque que tem de ser assim?
Fujo, para aquele mundo
De mármore e de cetim
O meu mundo é o ponto de fuga
O ponto de fuga de mim
Poema da minha obra : Os Teus Sonetos de Amor
domingo, 12 de abril de 2009
Poema da minha obra : O Novo Amanhacer
Longos anos de convivência
Partilhados momentos
Realidade e consciência
Anos de filosófica ciência
E outros de tantos tormentos
Do formato tépido da carne
De que nada te vale
Da guerra soa o alarme
Na miséria, aconchegar-me
Em fuga ao eixo do mal
Alimento-me de sentimentos
Dados e recebidos
Passo fome, de sangues famintos
Miséria de alimentos
E desejos impedidos
Quanto a companhia
Que do meu lado conforta
Sempre dura e verdadeira
A verdade derradeira
A miséria que me aperta
Nos seus braços miseráveis
Realizo que nada me resta
Os seus olhos impenetráveis
E vontades imparáveis
Nem amor, nem odeio me presta
Confio nela e só nela
E é a verdadeira amiga
Perdidos num barco á vela
Ou num conto de Cinderela
É fogo sem chama e de seguida
Miséria é o que conforta
E me sara esta ferida
Sou miserável, sem amor
Sou miserável
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Poema da minha obra : Os Teus Sonetos de Amor
Faz tempo que já não durmo
O sossego não me vem ao corpo
Do teu fogo sobrou o fumo
Da tua vida sobro o morto
Caminho sobre a relva
Sinto-a nos meus pés descalços
Perdi-te no meio da selva
Tão urbana com os seus socalcos
Pedras no meu caminho
Por ti foram atiradas
Do tempo que estive sozinho
Contam-se as horas paradas
A juventude, deveras envelheceu
A minha aura se desvaneceu
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Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só
Cada centímetro
Cada segundo
O teu corpo é sublimado
Não por mim
Mas por alguém do teu lado
O negro dos teus cabelos
O azul dos teus olhos
É a magnificência
É ciência, exactidão
Luz do dia, excelência
Da noite escuridão
És água, fogo, ar e terra
És elementar
És o sol nascente
Que ilumina o luar
O teu nome a minha voz berra
Quando devia de o cantar
Quem está do teu lado olha-me
É ameaça destruir a tua aura
A tua luz, a tua filantropia
Quem esta do teu lado acusa-me
De querer destruir a tua magia
Todo o que te dou é alegria
Mas quem está do teu lado
Só vê o meu pecado
Então como Pedro a Jesus
Nego três vezes te conhecer
Se entre nós não consigo
E se esta tudo perdido
Não há nada então a perder
Esta é a minha cruz
Que aceito de boa vontade
Desfazendo da minha , para a tua felicidade
sábado, 4 de abril de 2009
Poema da minha obra : Os Teus Sonetos de Amor
Cobarde escondo me num eclipse
Temendo amar eternamente
Correndo fujo de ti num ápice
Alegorias que me prendem para sempre
Na órbita de um planeta
Sentindo a atracão gravítica
Tu de gelo como um cometa
Numa errante órbita elíptica
Resultante do somatório
Elevação súbita exponencial
Sem ter culpas no cartório
Julgado á pena capital
“Jaz morto, e apodrece”
Aquele que por amor nunca te esquece
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sexta-feira, 3 de abril de 2009
Poema da minha obra : O Novo Amanhacer
Entre a pândega e o fandango
Foi indo o ser humano
Aos poucos foi ficando
Com as costas curvadas carregando
A cruz, como um profano
Onde está a liberdade prometida?
Qual a razão de Abril?
Se o país está a deriva
Sem luta ou iniciativa
Porquê revolução tão febril
Povo que se embriaga em “F’s”
Fado, futebol e Fátima
Mas aquilo que mais esqueces
Aquilo que nunca tiveste
Uma liberdade, que é uma lastima
Sangrai os joelhos no santuário
Gastai o dinheiro em vão
O ensino continua precário
Cada vez mais mínimo o salário
Mais miséria na nação
Do cravo sobrou uma pétala
No caule descaída
A ver de uma janela
Ou trancado numa cela
Para o resto da minha vida
País á beira-mar plantado
Nas suas gentes o potencial
Num futuro deveras vago
Mas nunca hipotecado
O meu amado Portugal
Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só
Por fora raios de sol incandescentes
Olhos ofuscados eram os meus
Como são os dessas gentes
Perfeição personifica os passos teus
O mais podre não era o visível
O interior imperceptível
A tua mais-valia
É apenas hipocrisia
Toda a gente te rodeia, venera
Sem saber que és lixo
No fim do arco-íris o ouro não espera
És apenas mais um isco
Não sou peixe pescado
De algo mais sou dotado
A flecha dos meus olhos atravessou a tua farsa
Vazio interior que meu coração trespassa
Nos teus brilhantes raios confias
Vivo afastado, noctívago, sombrio
Os mais sinceros abraços terias
Se não te conhecesse de fio a pavio
Nos meus braços já choraste, riste, tiveste sentimento
Nos teus braços apenas perdi o meu tempo
Mortos de amor por ti, caem de facto
Num cemitério onde és fogo-fátuo
Jardim botânico de espinhos
Pois os frutos já foram colhidos
Desperdicei todos os carinhos
Em casos mais que perdidos
Se valesses tanto como és bonita
Nenhuma palavra minha seria escrita
Deixo para os outros, de te amar a febre
Eles que comam gato por lebre
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