quarta-feira, 15 de abril de 2009

Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só


As flores e as árvores alegres
Que teus cabelos transportava
Alimentos quase efémeros
Sumo que teu corpo espremes
Nos teus lábios sublimava

E sonhava, sim sonhava
Com mais e mais vitórias
Amava e sim amava
Ao teu lado me imaginava
A ganhar todas as glórias

Tinha o paraíso
Nas minhas próprias mãos
Tinha o que era preciso
Forte, certo, conciso
Alimento para o coração

Na volta, a mística espada
De um novo proclamado Deus
A serpente da árvore sagrada
Na minha mão apertada
Chegada a hora do adeus

E á diferença de Adão e Eva
Perdi tudo completamente
O frio que o norte carrega
A dor que a solidão leva
Sozinho para sempre

Paraíso que se transforma
Numa metamorfose infernal
E perdia a minha forma
Olhei, voltando a norma
Da forma mais normal

Perdi a batalha
Perdendo a guerra de seguida
No meu peito a muralha
Na triste e leda calha
Da batalha sangrenta perdida

Perdi, perdi, perdi

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