domingo, 12 de abril de 2009

Poema da minha obra : O Novo Amanhacer


Longos anos de convivência
Partilhados momentos
Realidade e consciência
Anos de filosófica ciência
E outros de tantos tormentos

Do formato tépido da carne
De que nada te vale
Da guerra soa o alarme
Na miséria, aconchegar-me
Em fuga ao eixo do mal

Alimento-me de sentimentos
Dados e recebidos
Passo fome, de sangues famintos
Miséria de alimentos
E desejos impedidos

Quanto a companhia
Que do meu lado conforta
Sempre dura e verdadeira
A verdade derradeira
A miséria que me aperta

Nos seus braços miseráveis
Realizo que nada me resta
Os seus olhos impenetráveis
E vontades imparáveis
Nem amor, nem odeio me presta

Confio nela e só nela
E é a verdadeira amiga
Perdidos num barco á vela
Ou num conto de Cinderela
É fogo sem chama e de seguida
Miséria é o que conforta
E me sara esta ferida

Sou miserável, sem amor
Sou miserável

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