sexta-feira, 3 de abril de 2009

Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só


Por fora raios de sol incandescentes
Olhos ofuscados eram os meus
Como são os dessas gentes
Perfeição personifica os passos teus
O mais podre não era o visível
O interior imperceptível

A tua mais-valia
É apenas hipocrisia

Toda a gente te rodeia, venera
Sem saber que és lixo
No fim do arco-íris o ouro não espera
És apenas mais um isco
Não sou peixe pescado
De algo mais sou dotado

A flecha dos meus olhos atravessou a tua farsa
Vazio interior que meu coração trespassa

Nos teus brilhantes raios confias
Vivo afastado, noctívago, sombrio
Os mais sinceros abraços terias
Se não te conhecesse de fio a pavio
Nos meus braços já choraste, riste, tiveste sentimento
Nos teus braços apenas perdi o meu tempo

Mortos de amor por ti, caem de facto
Num cemitério onde és fogo-fátuo

Jardim botânico de espinhos
Pois os frutos já foram colhidos
Desperdicei todos os carinhos
Em casos mais que perdidos
Se valesses tanto como és bonita
Nenhuma palavra minha seria escrita

Deixo para os outros, de te amar a febre
Eles que comam gato por lebre

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