sexta-feira, 3 de abril de 2009

Poema da minha obra : O Novo Amanhacer


Entre a pândega e o fandango
Foi indo o ser humano
Aos poucos foi ficando
Com as costas curvadas carregando
A cruz, como um profano

Onde está a liberdade prometida?
Qual a razão de Abril?
Se o país está a deriva
Sem luta ou iniciativa
Porquê revolução tão febril

Povo que se embriaga em “F’s”
Fado, futebol e Fátima
Mas aquilo que mais esqueces
Aquilo que nunca tiveste
Uma liberdade, que é uma lastima

Sangrai os joelhos no santuário
Gastai o dinheiro em vão
O ensino continua precário
Cada vez mais mínimo o salário
Mais miséria na nação

Do cravo sobrou uma pétala
No caule descaída
A ver de uma janela
Ou trancado numa cela
Para o resto da minha vida

País á beira-mar plantado
Nas suas gentes o potencial
Num futuro deveras vago
Mas nunca hipotecado
O meu amado Portugal

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