quarta-feira, 3 de junho de 2009

Poema da minha obra : O Novo Amanhacer


Dá-me um uísque
Num copo de gelo
Alguém que me belisque
Fio de novelo
No fim, apenas lã
Corpo são em mente sã

Sou apelidado de bêbado
Gosto apenas da bebida
Aquela mais querida

Ninguém tem nada com o que faço
Não obrigo ninguém a seguir
Desenho com o meu próprio traço
Nunca me vês a sorrir
Se bebo, é da minha ideia
Vivi a minha maneira

Absinto faz-me sentir gente
Teor forte de alcoolemia
Vida minha boémia

Vivam de maneira saudável
Que a minha está bem regada
Nunca quis ser amável
Minha divida está sarada
Sou o que sou, alcoólico
Triste, caído, melancólico

Cura? Prefiro a morte
Não estou doente
Doente está essa gente

Se me vires caído
Saberás que foi pelo licor
Sangue, na alma ferido
Bebido de tanto amor
Carente de palavras
Vivendo num conto de fadas

Tépido, o que sobrou
Olhar de quem tanto bebeu
De quem tanto amou

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