terça-feira, 24 de março de 2009

Poema da minha obra : Diário de um Poeta Só


Na mesa ao lado
No café onde paro
Reside uma força celestial
Que não consigo distinguir
É algo de paranormal
Que me faz lá ir

Fui ganhando coragem
Dia, após dia, após dia
Mas a cada passagem
Essa figura, miragem
Me assustava, afligia
Então eu fugia

Até que um dia, aconteceu
Estavas tu sentada
Onde deveria estar eu

E foi ai que nos cruzamos
E foi ai que reparei
Que a figura que mais temia
É a figura que mais amei
Ao fim do dia ao café voltei

E no instante e que entraste, entrei
Tu te sentaste
Ao teu lado eu me sentei
Olhaste, e para ti olhei
Uma lágrima caiu-me dos olhos, perdida
E no instante em que entraste
Saíste de seguida

E só sempre só como sempre estou
Na mesma mesa do café
Onde todos os dias vou
Restou apenas a fé
Que um dia me levou
A querer o que não tenho
Amor a ferro e fogo empenho

Quero-te a ti força celestial
Que uma vez conheci num café trivial

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