sexta-feira, 27 de março de 2009

Poema da minha obra : O Novo Amanhacer


Personifico a monstruosidade
Uma hera cobre o meu castelo
Numa plácida passividade
Observo de longe o que é belo
Pois se perto me aproximo
Ninguém percebe o que exprimo

Da minha torre de menagem
O sol parece de mil cores
Ao longe aprecio a miragem
Ao perto observo os horrores
Sendo um homem, não um animal
Mas sou visto como tal

Porquê que sou um monstro?
Porque sou aquilo que mostro

Sou a formiga que saiu do carreiro
Ainda não gostei de verdade
Sou lobo e nunca cordeiro
Tão real como a realidade
De fraqueza sou tão fraco
Da mudança sou o marco

Sendo assim sou excluído
Porque sou simples, diferente
Sou um mostro vencido
Um asno inteligente
Há até quem diga que sou cruel
Vendo a minha revolta a flor da pele

Sou sobretudo um lutador
Mesmo perdendo tudo, vencedor

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